Além dos mortos, um jovem, de 22 anos, foi baleado no pé. Uma mulher de 25 anos, acertada por disparos no braço e na barriga. Um amigo dela, de idade não informada, foi acertado na cabeça.
Quem matou?
Ele já era processado por roubo e receptação. Agora, é acusado por homicídio qualificado, apreensão de arma e resistência à prisão.
Francisco Elisson Chaves de Sousa e Stefferson Mateus Rodrigues Fernandes são procurados pela Polícia, acusados de participação na chacina. Ambos respondem judicialmente por casos como roubo e furto de veículos, receptação e tráfico de drogas. Elisson é filho de um sargento da Polícia Militar. Os dois ainda estão foragidos.
Como foi o crime?
Segundo a SSPDS, um carro modelo Fiat Punto parou próximo à Praça da Gentilândia, no bairro Benfica, por volta de 23h30min de sexta-feira, 9, e os ocupantes do veículo começaram a disparar. Foram cerca de 20 tiros. O local estava lotado, além dos frequentadores dos bares da região, havia estudantes que vinham de festa realizada na Concha Acústica da Universidade Federal do Ceará (UFC). Do ataque na Praça, três pessoas morreram.
No segundo front do massacre, outro grupo de suspeitos chegou à Vila Demétrios, onde está localizada a sede da TUF. Integrantes da torcida tricolor estavam no local. Uma pessoa foi morta. Quando os algozes saíam do local, dois outros membros da TUF, vestidos com camisetas do time, chegaram em uma motocicleta. Um deles foi assassinado e o outro baleado, ainda na rua Joaquim Magalhães. Dois homens ficaram gravemente feridos e faleceram no Instituto Doutor José Frota (IJF).
As mortes tiveram relação com as torcidas uniformizadas? Qual a motivação do crime?
O massacre teve relação com outras chacinas ocorridas neste ano?
A Polícia não confirma relação com as outras chacinas, apesar de
todas terem relação com brigas entre facções criminosas. A de Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza, deixou quatro mortos; a do bairro das
Cajazeiras, com 14 mortos, a maior chacina da história do Ceará – foi atribuída à facção Guardiões do Estado (GDE); e, menos de dois dias depois, a da cadeia pública do município de
Itapajé (a 124 km da Capital), com outras dez vítimas, a maioria ligada a uma facção criminosa rival à GDE.
Vítimas com passagens pela Polícia
Segundo a Secretaria da Segurança, José Gilmar Furtado e Antônio Igor Moreira tinham passagens pela Polícia por posse de drogas. Joaquim Vieira não possuía antecedentes.
Carlos Victor Meneses, Emilson de Melo e Adenilton da Silvanão possuíam antecedentes criminais.
Pedro Braga Barroso respondia por crimes de roubo e por associação criminosa.