Lançadas durante o workshop 'Cultivo do Pirarucu', que compôs o quarto Congresso Brasileiro de Aquicultura de Espécies Nativas, em Belém, os dois manuais explicam todo o procedimento para produção e engorda do peixe. As publicações configuram-se como o primeiro passo para a expansão da criação em todo o País. A metodologia está implantada em Rondônia, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Tocantins e Roraima. “Os manuais são uma contribuição à consolidação de uma nova oportunidade de negócio sustentável, na medida em que buscam incentivar a atividade com respeito ao meio ambiente, à economia e à segurança alimentar”, afirmou a coordenadora nacional do Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia, Newman Costa.
Vários representantes de empresas que já fazem o cultivo em cativeiro pontuaram as especificidades para a procriação da espécie, que só se reproduz ao formar casal e, ao contrário de muitas espécies, não tem características que representam cada um dos gêneros. Alguns produtores recorrem à técnica da endoscopia para ter certeza se o animal é fêmea ou macho. Em seguida, eles são identificados e colocados em pares no tanque. Mesmo assim, há casos em que é preciso fazer trocas, por conta das brigas entre eles. “O pirarucu é uma animal um tanto exigente”, disse o superintendente do Sebrae no Pará, Wilson Schubert.
“A produção do pirarucu, assim como a de qualquer espécie nova, tem muito mais desafios do que temas e respostas prontas”, disse o engenheiro e presidente da Comissão Nacional de Aquicultura, Eduardo Ono. Ele explicou que a criação do animal está em teste no exterior, por isso o Brasil precisa acelerar esse processo para não ficar para trás