Construído no início do século XX, o Seminário de Tefé (a 523 quilômetros de Manaus), foi recomendado pelo Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) para adoção de medidas para proteger e promover o seu tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
De acordo com o MPF, não houve sequer o início do procedimento para tombamento definitivo do Seminário de Tefé pela União. Na recomendação, o MPF destaca a importância histórica e cultural do monumento, cujas obras se iniciaram no ano de 1913, quando o Monsenhor Miguel Alfredo Barrat solicitou ao arquiteto francês Raphael Haag a elaboração do projeto de construção, sendo a primeira parte do imóvel inaugurada em 1919.
A situação de degradação da estrutura física do imóvel também foi constatada durante a inspeção. Para expedir a recomendação, o MPF/AM considerou a realização de intervenções no passado que não respeitaram as características originais da construção, além da existência de obras municipais que criaram risco de desabamento, construções situadas no entorno que não possuem relação complementar com as características da construção e inexistência de local adequado para a guarda e preservação de documentos históricos.
A recomendação estabelece prazo de 15 dias para o Iphan responder ao MPF sobre o acatamento das medidas indicadas e pede que, em 60 dias, o órgão informe quais as medidas concretas adotadas para a proteção do Seminário de Tefé.