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Pirarucu |
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manejado nas Reservas Mamirauá e Amanã pode ultrapassar 600 mil kg |
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"Hoje é dia de negociação! ", anunciava Ana Claudia Torres, coordenadora do Programa de Manejo de Pesca do Instituto Mamirauá. Diante dela, uma plateia de pescadores e compradores em potencial estava reunida para a Rodada de Negócios de Pirarucu. O evento, realizado pelo Instituto Mamirauá, está em sua 11ª edição e aconteceu nessa sexta-feira (28), no Centro de Treinamento Irmão Falco, em Tefé.
Na Rodada de Negócios, são estabelecidos preços e divulgadas as espécies e quantidades de peixe de interesse para o mercado. A cota autorizada pelo Ibama para pesca foi de 13.763 pirarucus, o que corresponde a uma expectativa de produção de 668.150 kg de pescado. A temporada de pesca deve acontecer durante os meses de setembro a novembro.
"Este ano tivemos mais de vinte compradores que demonstram interesse pela produção. Deste total, 15 estiveram presentes na Rodada de Negócios. Inclusive, entraram em contato compradores de Manaus, Santarém e Pernambuco. Além, de compradores locais que pela primeira vez participaram da Rodada", informa Ana Claudia Torres. Além do pirarucu, outras espécies da região são negociadas, como o tucunaré, o surubim e o mapará.
O peixe comercializado vem do interior e entorno das Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã, estado do Amazonas. Na região, existem treze acordos de pesca que realizam o manejo de pirarucu, um trabalho que dura o ano inteiro e envolve o planejamento, a contagem, monitoramento e a captura de espécimes. Tudo para garantir o equilíbrio ambiental e a longevidade da pesca para gerações futuras.
Todo o processo é assessorado pelo Instituto Mamirauá, que foi o responsável por desenvolver a metodologia de manejo de pirarucu em áreas de florestas alagadas, como é o caso da Reserva Mamirauá. De acordo com o levantamento do Programa de Manejo de Pesca, aproximadamente 2.000 pessoas são beneficiadas com a atividade |