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Hidrelétricas de Balbina e Pitinga acabaram com peixes do Uatumã

É o que diz pesquisa da Fapeam, com participação do Inpa, UEA e UFPA.

17 de janeiro de 2025 às 07h47min

As hidrelétricas de Balbina e Pitinga, no interior do Amazonas, acabaram com os peixes do rio Uatumã, conforme concluiu estudo feito pela Fapeam, Inpa, UEA e UFPA. Nesse sentido, a pesquisa analisou a permanência de sete espécies nativas do rio Uatumã, um dos afluentes da margem esquerda do rio Amazonas. “O desaparecimento do peixe Badi é emblemático para demonstrar o impacto da usina de Balbina. É uma espécie de pacu reofílico, de fácil reconhecimento e muito abundante nas cachoeiras do Uatumã na década de 80. Isto é muito preocupante do ponto de vista da conservação dessas espécies. Encontrar essas espécies em novas localidades é fundamental para criar planos de ação para sua preservação”, afirmou o pesquisador Douglas Bastos. Conforme o informação do g1, durante a primeira expedição ao rio Uatumã, realizada em novembro de 2023, abaixo da hidrelétrica de Balbina, a equipe coletou 945 exemplares. Assim, apesar dos esforços intensos, que incluíram cinco dias de trabalho e 20 horas de mergulho, as espécies-alvo não foram encontradas, reforçando as preocupações sobre o impacto ambiental das barragens. “A qualidade da água mudou, há um depósito de material nas pedras que antes não existia, e o impacto vai além da biodiversidade, afetando até os moradores locais”, observou Lúcia Rapp Py-Daniel, coordenadora da pesquisa.

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