O município Benjamin Constant (distante 1.121 quilômetros de Manaus em linha reta) já sente a força da cheia deste ano. Nesta terça-feira (2), o rio chegou a 12 metros e 70 centímetros, 25 centímetros abaixo da marca registrada no mesmo período do ano passado.
Através da assessoria, a Prefeitura Municipal de Benjamin Constant informou já ter construído 3 mil e 200 metros de ponte na área alagada, para facilitar a mobilidade dos moradores. Seis bairros estão alagados, pelo menos 1400 casas foram atingidas e mais de 7 mil pessoas foram afetadas, na área urbana da cidade. Além de 24 comunidades rurais que estão isoladas.
Nos locais mais atingidos, algumas famílias já estão em processo de retirada, através da Secretaria de Ação Social do município. Dependendo do nível de subida das águas outras famílias poderão ser removidas das áreas alagadas. Em média o rio está subindo entre 2 a 3 centímetros por dia, O município está entre os rios Solimões e Javari.
A situação é considerada desastre natural pela Defesa Civil de Benjamin Constant. Caso a prefeitura não disponha mais de condições para atuar a Defesa Civil Estadual será acionada e o “Estado de Emergência” decretado.
Outros municípios
Mais de 7,6 mil famílias foram atingidas pela cheia deste ano no Amazonas em quatro municípios que decretaram situação de emergência. Comunidades inteiras estão ilhadas porque a água inundou ruas, casas, plantações, além de encobrir pontes e estradas. Os Municípios de Ipixuna, Eirunepé, Itamarati e Carauari sofrem a situação mais crítica devido à cheia do rio Juruá. Eirunepé foi o primeiro município a superar a cheia histórica de 2012 e, junto com Ipixuna, os que registram os maiores danos.