O processo eleitoral deslanchou nove meses antes das convenções partidárias. Mas os pré-candidatos de hoje poderão não ser os atores da grande disputa de 2014. Provavelmente Eduardo Braga ficará candidato, mas Rebecca Garcia (PP), Hissa Abrahão (PPS) e José Melo (PROS), terão que conversar muito sobre a melhor estratégia de enfrentar um adversário comum, lider das pesquisas, mas vulnerável em muitos aspectos. Um deles, o fato de estar politicamente isolado e ter que conviver com fantasmas de dois governos cujos esqueletos estão prestes a sair do armário.
A idéia de lançar diversos candidatos para tentar subtrair parte dos votos que as pesquisas atribuem ao senador pode ser uma estratégia equivocada. O problema tem sido o jogo de vaidade que envolve cada um dos atores nesse processo.
Se Braga anda politicamente isolado - os deputados de PMDB que lhe juram fidelidade tomam a benção do governador Omar Aziz - os demais atores desse processo conversam pouco e não se entendem.
O TEMPO DOS PARTIDOS
Em nível nacional, a aliança projetada para a reeleição da presidente Dilma, no ano que vem, inclui o PT, PMDB e PSD, e pode chegar ao recorde de 15 minutos. No Amazonas, essa aliança pode ou não se concretizar, sendo o mais provável a união PSD (senador), PT (vice), PROS (governador) e DEM. Pela regra de 2012 teria um tempo excelente de 6 minutos e 14 segundos; outros aliados aumentariam esse tempo.